terça-feira, 24 de maio de 2016

O silêncio e o ocultamento

Boa parte das nossas carências históricas de democracia, de institucionalidade e de cidadania se devem ao nosso direito e aos nossos juristas. O silêncio e o ocultamento são as linguagens do judiciário. 24 horas depois das gravíssimas denúncias de Jucá e o STF finge que o assunto não é com ele. O silêncio institucional é a mais pérfida característica do direito e do judiciário no Brasil. Fomos o maior Estado Nacional escravista e traficante do mundo no século XIX. Na Constituição de 1824 não aparecia uma única menção aos escravos. Sofremos vários golpes, fraudes e ditaduras, sempre com a ajuda e apoio do STF. Desrespeitos e formas de torturas no passado, hoje ainda com perseguições seletivas, como as da lava jato, em que juízes escolhem quem querem prender e por quanto tempo, com penas tendenciosas em função de seus interesses ideológicos. A manipulação da grande mídia no Brasil acompanha a pusilanimidade do judiciário em aliança de interesses plutocráticos. Agora o silêncio completo em relação a Jucá, poderoso ex-ministro em desgraça de Temer, porque se falarem terão que admitir, ou discordar e rever o que Jucá apontou como a cumplicidade do judiciário no golpe, com gritante desvio de finalidade desde o início, junto com a proteção ao delinquente presidente Cunha como condutor e regente do golpe na Câmara. Os heróis da direita vão caindo uma um. Aécio, Cunha, Jucá e em breve Temer cairá pela sua falta de legitimidade, como golpista impopular que é.

Ricardo Costa de Oliveira

Nenhum comentário: