quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Nem todos gostam de serem identificados como de direita e de classe alta no Brasil. São critérios "objetivos" em muitos casos. A classe A brasileira começa a partir de uma renda familiar de 15 mil reais. Uma família consolidada e com renda superior a 20 mil reais (classe alta-baixa) deverá ter empregada doméstica, faxineira, habitação com mais de cinco banheiros ou mais, casa na praia, dois carros ou mais, férias ou viagens para a Europa, Estados Unidos, assinatura da Veja, etc. Uma família com renda mensal superior a 140 mil (classe alta-alta), 3 entre cada mil os que declaram o IR, já vive com todos os luxos internacionais se quiser. Pode ter barcos, haras-cavalos, carros de luxo, ter muitos caprichos que o dinheiro paga. A família com 20 mil pagaria 40 Reais de CPMF (0,2% da renda) e a de 140 mil pagaria 280 Reais mensais. A análise sociológica da classe dominante tradicional informa que um alto funcionário público, um Oficial General das Forças Armadas, um Desembargador, ou qualquer alto burocrata aposentado e sua esposa, com algumas heranças recebidas, são muito mais representativos da velha tradição e das redes sociais do passado do que um emergente empresário "self-made-man", um novo-rico enriquecido em novos negócios na periferia, ou no interior e com dez vezes mais renda, mas ainda sem as conexões políticas, culturais, sem o nepotismo e o ethos desta nossa velha elite genealógica. Todos têm que pagar mais impostos. Não vai doer para diminuir a pobreza e a desigualdade no Brasil em relação ao que se ganhou e se ganha. Vai comprar um óculos barato a menos em Miami ou um perfuminho a menos em Paris.

Ricardo Costa de Oliveira

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