terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Ausente

Ele dorme ausente dos meus olhos abertos,

guarda para si paisagens que desejo sonhar.

Sob pálpebras alvas de tecido sonolento

percebo o claro volume genital do seu olhar.

Desejo amparo de algum sono, quero fugir

do olho molhado, vermelho, recém-acordado,

intumescido de sono e que me espia chorar

Helga Holtz

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