domingo, 20 de fevereiro de 2011

Eco depois de um mês em 68

Nós cansamos do velho

da intrépida múmia

com mofo aromático

E desespero tétrico.

Mas nunca do clássico

Pois esse não envelhece

Ganha a voz com o vento

E no tempo permanece.

Nós cansamos do que se basta

O que se rende à casta

Temem o que vem e se temem

Nunca se olham nem se desentendem

Nunca se afirmam e nem surpreendem.

Nós inventamos o futuro

E engolimos o modernismo

Nós devoramos a vanguarda

E transcendemos o partidarismo

mas isso,

é só

porque nascemos depois

que nasceu o pluralismo.

Eunice Boreal – Cronópios

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